quinta-feira, 2 de julho de 2009

Depressão

Hoje estou com vontade de falar sobre a minha depressão e vocês vão notar que estou bem tagarela, é eu que tenho muito a dizer desta vez.

Depois da minha historinha estou postando alguma informação sobre esta doença e futuramente farei outras postagens a respeito, por isso não deixem de visitar este blog.

Alem de desabafar um pouquinho, também quero servir de exemplo e de alerta para todos aqueles que sofrem desse mal.

Minha depressão começou lentamente, foi piorando com o passar dos anos e só comecei a me tratar quando já tinha sido muito afetada psicologicamente, emocionalmente e fisicamente.

O primeiro antidepressivo que tomei não deu muito certo, talvez porque não foi receitado por um psiquiatra e sim pelo ginecologista que me atendia na época. Sentindo que não estava dando muito certo simplesmente parei de tomar a medicação e não voltei ao médico.

Essa depressão não tratada me levou a adquirir um outro problema igualmente terrível que é a fibromialgia, uma síndrome que causa inúmeros sintomas desagradáveis e os piores são as dores quase insuportáveis.

Comecei o tratamento da fibromialgia em um centro de dor onde sou atendida por uma equipe de médicos maravilhosa! O primeiro remédio que me foi receitado agiria sobre a dor e também me faria dormir melhor, o que eu não sabia é que, além disso, ele é um antidepressivo também. Com o passar do tempo notei que ele estava me causando mais sono e ao invés de voltar ao médico, parei de tomá-lo por conta própria. A conseqüência disso foi que a minha depressão começou a voltar e de forma muito pior. Eu estava voltando a ficar chorona, muito sensível e pensando em morrer. Nunca cheguei a pensar em me matar, acho que isso só não aconteceu porque não tenho coragem para tanto, mas já cheguei a pensar em como faria isso se tivesse essa coragem.

Quando passei por uma consulta com uma das médicas da equipe que me atende, ela me alertou de que eu não deveria ter parado de tomar a medicação porque é um antidepressivo. Depois disso voltei a tomar o remédio e já começo a me sentir melhor novamente.

Nesta minha recaída pude notar que a depressão voltou com força total! Fiquei tão fragilizada, que dois dias depois de ter passado por uma situação que me deixou bastante nervosa e muito magoada eu fui parar no pronto socorro. Neste dia eu já tinha chorado bastante e comecei a me sentir mal, tomei um copo de água com açúcar e fiquei com muito medo de estar tendo um AVC ou coisa parecida porque eu estava sentindo o lado esquerdo do rosto e parte do couro cabeludo, meio adormecidos. Corri para o pronto socorro e o clinico que me atendeu concluiu que eu estava com sintomas de estresse, fui medicada com um calmante e liberada depois de um tempinho.

Eu que sempre fui uma pessoa muito calma, tranqüila e admirada por essas qualidades, agora me tornei ansiosa e tensa. Nunca pensei que algum dia eu fosse parar no pronto socorro por causa de estresse. O que eu mais gostaria neste momento é de não estar me sentindo tão fragilizada e exaurida.

Aqui vai meu alerta para as pessoas com depressão, não deixem de cuidar do problema, façam isso o quanto antes e nunca abandonem o tratamento porque as conseqüências vão desde as sensações mais desagradáveis, assim como a aquisição de outras doenças graves ou incapacitantes como a fibromialgia, por exemplo, ou até o suicídio que é a pior.

Nunca esperem compreensão e solidariedade de parentes e amigos porque as pessoas que não sofrem deste problema são incapazes e nem tem condições de sequer, de imaginar o que é isso, muito menos conseguir entender o que estamos sentindo!

Portanto, corram com as próprias pernas e procurem aprender a lidar com a incompreensão alheia que aparece sempre nos nossos piores momentos, sempre quando estamos no auge da nossa fragilidade. Não sinta raiva e tente não ficar magoado o que é bem difícil porque ela vem sempre das pessoas que estão mais próximas a nós e pelas quais temos sentimentos mais fortes.

É como diz aquela célebre frase: “Perdoa-lhes! Pois eles não sabem o que fazem!” Passando por tudo isso, também podemos aprender a nunca julgar as outras pessoas porque elas são as únicas capazes de saber onde e como dói!


O lugar onde certamente você encontrará a compreensão, será nos consultórios com os médicos que irão lhe atender. Estes sim, são nossos verdadeiros anjos de branco e nossos salvadores!

Depois de lerem as minhas palavras, a maioria das pessoas que não tem depressão irão pensar: Nossa! Como ela é fatalista!
Sem problemas! Não me incomodo! Fico aqui desejando que elas nunca tenham que passar por tudo isso algum dia nas suas vidas!


Para as pessoas que ainda não encontraram um lugar adequado para se tratarem, eu sugiro, como opção, o Centro de Dor Hospital 9 de Julho é lá que eu estou me tratando da fibromialgia e também da depressão.


http://www.centrodedor.com.br/
http://centrodedoreneurocirurgia.blogspot.com/



Se acaso passarem por aqui, deixo a todos do Centro de Dor, médicos, atendentes, todo mundo, os meus agradecimentos por tudo e um grande abraço!!!

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Depressão: Definição
Depressão é o nome atribuído a um conjunto de alterações comportamentais, emocionais e de pensamento, tais como, afastamento do convívio social, perda de interesse nas atividades profissionais, acadêmicas e lúdicas, perda do prazer nas relações interpessoais, sentimento de culpa ou autodepreciação, baixa auto-estima, desesperança, apetite e sono alterados, sensação de falta de energia e dificuldade de concentração. Tais alterações tornando-se crônicas trazem prejuízos significativos em várias áreas da vida de uma pessoa. Aquele que está deprimido vê o mundo de forma diferente, sente a realidade de forma diferente e manifesta suas emoções de uma forma diferente.

Não é um simples estado de tristeza, de “estar na fossa” ou de baixo astral. É um estado corporal indesejável e constante, acompanhado de mudanças comportamentais que independem da vontade daquele que os experiencia. E algo extremamente preocupante é a alta correlação entre depressão e suicídio.


Ao contrário do que se pensa, a depressão é muito freqüente e, segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, afeta 121 milhões de pessoas em todo o mundo.


Estas e outras informações vocês podem encontrar neste site:

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